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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Cobertura Jornalística

No dia 03 de Abril de 2011 foi realizada uma palestra sobre Água e Meio Ambiente aos alunos da Escola Municipal Profª Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul. Compareceram ao local a bióloga, professora e doutora Marta Ângela Marcondes e as representantes do Instituto Supereco, Andréia Bossi e Cristina Santos.
Abordando o tema água, a bióloga compartilhou seus conhecimentos em química e física. Dentre seus inúmeros relatos, explicou como este elemento é sensível ao som “Numa experiência feita em laboratório pode-se observar que a cada som que se fazia, as moléculas se dispunham em diferentes formas. Ao serem faladas palavras de agressividade, com tom elevado, as partículas ficavam agitadas, como se estivessem explodindo. Agora, fico imaginado como devem ser essas reações químicas em nosso corpo, já que somos compostos por 70% de água”.
Também não deixou de lado a importância de se preservar essa preciosidade e falou dos benefícios e dependência que todos nós, seres humanos e diferentes tipos de vida na Terra, temos nela “A floresta são os pulmões do planeta. Logo em seguida é a água. Sem ela nada é feito. Um grande exemplo disso é a “fabricação” do ar. Nela existem microorganismos que produzem gás oxigênio, essencial à nossa sobrevivência. Assim, sem água, teríamos este número muito reduzido”.
Outro importante aspecto é sua consequente poluição “No ciclo da água, ela recebe calor, evapora, condensa e assim há precipitação em forma de chuva, neve ou gelo. Quando o ar já está poluído, certamente a água levará consigo certos resíduos ácidos, causando as chuvas ácidas, prejudiciais a nós mesmos, assim como Raul Seixas citou: “A chuva voltando para a terra, traz coisas do ar”.
A respeito das nascentes presentes em São Caetano, a doutora lamentou a forma de como estão hoje “Existem cinqüenta nascentes nessa região, mas todas estão abaixo de prédios, inutilizadas e contaminadas”. Existem também fluxos de água canalizados, como o Rio dos Meninos, no atual espaço Cerâmica e o Córrego dos Moinhos, na atual Av. Presidente Kennedy. Estes, antigamente, ficavam a céu aberto.
Devido aos fortes índices de descuido e poluição, a professora participa de um projeto onde os parâmetros físico-químicos de rios são avaliados. Ela comenta os resultados “Na maior parte dos casos, a situação é péssima”. Mostrando fotos caóticas, acrescentou “Deste modo, não só a água em si é prejudicada, mas também animais, como pássaros que estão hoje se alimentando de restos de alimentos em sacos plásticos, levando muitos deles à morte. Então, uma pergunta é nos feita “Precisamos chegar a esse ponto?”.
As representantes do Instituto Supereco também tiveram a oportunidade de relatar seus objetivos e alertar a situação ambiental atual. “O que nós desta ONG certamente mais prezamos são parcerias: o ser humano e a natureza e os seres humanos unidos para salvar o planeta. O que é necessário existir em tudo é o Limite e o Equilíbrio. Uma de nossas grandes metas é unir a educação e as pesquisas.”
Abordando também o tema água, fizeram um breve e importante comentário: “A água e a floresta são, sem dúvida, uma dupla perfeita”. Dupla que deve ser preservada. No caso da vegetação, existem hoje no Brasil, leis que a protegem. Uma delas é a continuidade da mata ciliar, que são áreas ao redor de córregos, importantes para impedir, entre outros acidentes, o deslizamento de terra. Quanto maior o córrego, maior deve ser esse trecho.
Com um leque de assunto muito grande, foi também nos ensinado a respeito do Muriqui, macaco em extinção, que hoje sofre pelo desmatamento “Esse animal é muito dócil e importante ao meio em que vive. Ele se alimenta de sementes de árvores. Após ingeridas, ocorre a digestão e quando o primata defeca, estas ainda estão lá. Quando caem no solo, germinam e nasce uma árvore, como a que originou a semente. E é só assim que a ela tem continuidade”. Assim, este ser é quem gera esse ciclo. Se ele não mais existir, essa vegetação também não mais existirá.
Uma de suas agradáveis características nos foi apresentada. “Os Muriquis são primatas carinhosos, diferentes de muitos outros. Eles não batem em suas fêmeas e se abraçam por afeto e também em situações de risco, se sentindo mais fortes e podendo parecer um animal maior, afugentando os predadores”. Apesar de todas suas boas características, podem vir a desaparecer das matas e florestas: “Por ser um animal que pula de árvore em árvore, de região a região para acasalar, tem sofrido muito pela derrubada de arvores. Não consegue mais estar em contato com outros de mesma espécie e acaba reproduzindo entre familiares. Essa atividade pode causar consangüinidade e levar, após gerações, à extinção. Assim, além de serem caçados pelo homem, também podem inexistir pelo modo de reprodução”. Percebemos que o que impede sua continuidade são as atitudes negativas, abusivas e egoístas humanas. 
Concluindo a palestra, as representantes enfatizaram seu desejo em uma frase “Unir matemática, história...e as florestas e animais, o meio ambiente.”


Após estas grandes aprendizagens, pudemos conservar brevemente com as palestrantes e fazer-lhes algumas perguntas.

Alunas do 2°C: Olá, Marta. Primeiro parabéns pelo trabalho. Bom, nos fale um pouco a respeito de sua vida. O que foi necessário para chegar até aqui?
Marta: Olha, foi necessário muita perseverança e muito estudo. Em 1980 eu estava ingressando na universidade, o que foi muito importante. Sempre se capacitar, estudar, ler e se especializar é essencial. Algo também crucial é falar outro idioma. Sempre fui um ser voluntário e acredito no ser humano. Creio que isso também me auxiliou. E além de tudo, insistir no meu foco. Foi o que me trouxe aqui.

Alunas do 2°C: Qual doutorado a senhora fez e quanto tempo durou?

Marta: Políticas Públicas Ambientais. Foram quatro longos anos (risos). Em 1977 eu já fazia parte de um movimento jovem, uma formação do Partido dos Trabalhadores. Sempre quis fazer biologia.

Alunas do 2°C: E o que a senhora aconselha àquelas pessoas que desejam se formar e ainda estão “começando a viver”? Qual foi a grande lição se de sua vida até agora?
Marta: Perseverar, estudar, falar outro idioma, ser informado, atualizado e sempre participar de instâncias, projetos. Adquirir conhecimento e ser uma pessoa bem preparada para o mercado de trabalho. E muito importante, não ligar para a opinião alheia, estabelecer um foco e seguir até alcançá-lo.
Alunas do 2°C: Muito obrigada.  



Conversamos com as representantes do Instituto Supereco.

Alunas do 2°C: Olá. Bom, nos fale qual é a sensação mais gratificante de estar passando seu conteúdo adquirido, a cada ano de vida, a outras pessoas?
Representantes do Instituto Supereco: A importância é que através do conhecimento que passo e recebo todos nós podemos transformar e cuidar de onde vivemos, pois só cuidamos do que conhecemos.        

Alunas do 2°C: Nos diga, qual é a mais importante lição sobre o meio ambiente que deve ser repassada e aprendida?
Representantes do Instituto Supereco: Que nós somos totalmente dependentes dele. Então, se não o preservarmos, vamos acabar nos prejudicando. A importância para nossa vida é a interdependência.

Alunas do 2°C: E em sua opinião, qual é o principal aspecto para o crescimento de um estudante iniciante? O que é necessário para o sucesso acontecer?
Representantes do Instituto Supereco: Fazer parte de trabalhos integrados, em equipe e  praticar o que aprendemos. Hoje em dia, com tantas ferramentas de comunicação e oportunidades de conhecer e desenvolver projetos, não devemos deixar de participar e extrair o máximo de conhecimento.
            A participação é o mais importante, assim como vocês que criaram este blog, podendo passar as informações recebidas para os outros alunos e gerar interesse para outros jovens.
Alunas do 2°C: Muito obrigada.


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     As alunas do 2°C estiveram no local para fazer a cobertura jornalística do evento.  Claro, elas registraram esse momento.
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 Créditos de Mariana Silva e Nathália Girardi. Participação também de Tayná Carmello.
Direção de Mariza Aparecida L. Gonçalves